Assim que fiquei sozinha, o meu mundo desmoronou-se. Agora sozinha tudo parecia ser mais difícil. Corri para o meu quarto e chorei até que adormeci de exaustão.
No dia seguinte não fui trabalhar. Não me consegui levantar. Ou melhor, não me queria levantar.
Rafael: Suzanne, por favor diz-me que não vai começar tudo outra vez. Por favor.
Eu: deixa-me em paz.
Passou uma semana. Continuava fechada no meu quarto. Voltei a emagrecer. Não comia quase nada. O Rafael falava todos os dias com o Bill. O Bill sabia de tudo o que estava a acontecer.
Miguel: vou chamar um médico. Isto não pode continuar.
O médico chegou. Pediu para o deixarem a sós comigo. Fez-me algumas perguntas às quais respondi com um sim, não, talvez, não sei…
Quando ele desceu,
Hanne: então Dr. como é que ela está?
Dr: ela está calma, mas não está nada bem. Lamento dizer isto, mas ela está com um inicio de depressão.
Hanne: depressão?
Dr: Exactamente. Tem aqui uns medicamentos que ela deverá tomar. – disse estendendo-lhe a receita.- volto dentro de uma semana para ver como ela está.
Miguel: Obrigada. Eu acompanho-o á porta.
A cada dia que passava sentia-me pior. Deixei de comer. Apenas bebia água e alguns sumos. Tudo o que comia deitava logo fora, como se o meu corpo estivesse a rejeitar a comida.
Os meus pais estavam a ficar loucos. Já não sabiam o que fazer. O médico também não podia ajudar muito mais.
Rafael: Suzanne, fala comigo. Precisas de desabafar. Precisas deitar para fora tudo o que tens ai preso. Sabes que podes confiar em mim, não sabes?
Eu: Eu sei. Eu confio em ti.
Rafael: então conta-me. Fala comigo.
Eu: eu não tenho nada para te contar. Tu sabes de tudo. Tu sabes o que aconteceu.
Rafael: sim sei. e..queres saber a minha opinião?
Eu: quero..
Rafael: eu acho que devias pensar melhor. O Tom ama-te. Eu sei disso. Cheguei a ter muitas conversas com ele. E sei que o que ele fez não foi por mal. Ele bebeu demais. Tu tens razão, ele podia ter evitado isso se não tivesse bebido, mas bebeu. Aconteceu. Ele nem sequer se lembra de estar com a tal rapariga.
E eu sei que tu também o amas. Não negues. Eu sei que continuas a ama-lo. Eu conheço-te bem demais. Sei que estás magoada, sei que precisas de tempo, mas que ainda o amas.
Eu: não te vou mentir. Eu amo o Tom. E acho que vou amá-lo para sempre. Ele é diferente de todos os rapazes que já conheci. Ele fazia-me bem. Mas foi ele que estragou tudo. Ele traiu-me. E traiu a minha confiança. E quem me diz que isto que aconteceu agora não podia vir a acontecer mais tarde?
Rafael: não. Não podes pensar assim.
Eu: eu já não sei nada. Por favor, deixa-me sozinha. Eu só quero estar sozinha.
Passaram-se duas semanas. Estava totalmente isolada do mundo. Não queria saber de nada nem de ninguém. Ficava quieta na minha cama, no meu quarto escuro. Não queria a janela aberta. E sempre que alguém entrava no quarto eu tratava logo de o expulsar.
Acordei, já estava quase a amanhecer. Estava sentada na cama. Tinha acabado de ter um pesadelo horrível, onde o Tom estava numa cama, rodeado de mulheres e gozava comigo.
Estava toda transpirada e as lágrimas caiam-me.
Eu: não aguento mais isto. – disse puxando os meus cabelos transpirados para trás.
Levantei-me, fui á cozinha e peguei numa faca enorme. Voltei para o quarto.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
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1 comentário:
Ela não se vai matar?! :|
Espero que não tadinho do Tom =(
Kuss
Ass:Mónica
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