sábado, 30 de agosto de 2008

30º capitulo

No dia seguinte, fui trabalhar como um dia normal. Claro que estava mal, mas o trabalho ajudava-me a distrair. E eu precisava de fazer qualquer coisa senão ia enlouquecer com aquela imagem do Tom com a outra na minha cabeça.
Bill: ao fim da tarde vamos embora – disse sentando-se a meu lado na torre de vigia.
Eu: vou ter tantas saudades tuas – abracei-o.
Bill: e eu tuas…Posso fazer uma pergunta?
Eu: diz
Bill: tu e o Tom..não há mesmo hipótese?
Baixei o olhar.
Bill: Suzanne, ele está mesmo muito mal. Eu nunca vi o meu irmão assim. Ele ama-te. Eu sei que ele te ama. Ele bebeu..tu já sabes como tudo aconteceu. E eu sei que tu sabes, que no fundo ele não teve culpa.
Eu: ninguém o obrigou a beber Bill. Ele podia ter evitado tudo isto.E sabes o pior? É k eu gostava mesmo dele. A serio.
Bill: e já não gostas?
Eu: não deixamos de gostar de uma pessoa da noite para o dia. Mas ele magoou-me muito.Nunca pensei que depois de tudo o que passamos juntos, ele fosse capaz de me fazer uma coisa destas.
Bill: eu percebo.

Ao fim da tarde estavam todos já com as malas no carro e começaram as despedidas.Vieram todos ter comigo á excepção do Tom. Despedimo-nos. Eles ainda não tinham partido e eu já estava cheia de saudades.
Andreas: Põe-te bem miúda. Não te quero ver assim.
Gustav: E já sabes, qualquer coisa que precises nós estamos aqui.
Georg: exactamente. qualquer coisa ligas. Sim? – Abraçou-me.
Bill: vem cá. – puxou-me um pouco á parte. – Su, ficas bem? – ele estava preocupado comigo. Ele sabia de tudo o que eu já tinha sofrido no passado e não queria ver-me sofrer de novo.
Eu: Não te preocupes comigo Bill. Eu fico bem.
Bill: eu sei que não ficas bem, Su. Mas, cuida de ti sim? – encolhi os ombros.Adoro-te.
Eu: também te adoro. – abraçamo-nos.
Eles saíram para o carro.Restava o Tom da parte de dentro da porta de entrada.
Tom: Su..
Eu: Tom, não..não digas mais nada.
Uma lágrima caiu-lhe. Aproximou-se de mim e deu-me um beijo na face.
Tom: a última coisa que vou fazer na vida é desistir de ti. – Segredou-me ao ouvido.
Saiu. Uns passos depois voltou-se para trás,
Tom: Amo-te.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

29º capitulo

O Bill desceu e foi ter com o Tom.
Encontrou-o no jardim, ainda junto ao banco onde estivera a falar comigo. Estava sentado no chão e chorava com a cabeça nos joelhos.
Bill: Tom..
Tom: Bill, ela acabou tudo.
Bill: Eu sei. – disse abraçando-o.
Tom: O que é que eu faço agora Bill? O quê?
Bill: tens de lhe dar tempo.
Tom: eu amo-a. Tu sabes como eu a amo. Ela é a minha vida. Como é que vai ser agora? – as lágrimas continuavam a cair-lhe. Bill limpava-lhe algumas.
Bill: eu sei Tom. Eu sei. Mas ela está muito magoada contigo.
Tom: Nunca gostei de ninguém. Nunca me apaixonei. Nunca encontrei ninguém que fizesse o meu coração bater mais depressa, nunca conheci ninguém com quem quisesse realmente estar. E agora que a encontrei, fiz merda. Eu perdi-a Bill. Eu perdi-a.
Bill: tem calma.
Tom: Eu só queria estar com ela, senti-la junto a mim, cuidar dela…mas estraguei tudo.
Bill: vem para dentro. Tens de comer qualquer coisa.
Tom: não quero comer nada.
Bill: ok, mas pelo menos vem para dentro.
Entraram e ficaram na sala.Passado pouco tempo, o Tom subiu para o quarto. Quando lá chegou viu em cima da cama o anel que me tinha oferecido. Eu tinha lá ido deixa-lo.Pegou no anel. Leu a inscrição no seu interior, “para sempre teu” e outras lágrimas caíram.
Dirigiu-se ao meu quarto e entrou sem bater.
Tom: Suzanne, porque me devolveste o anel?
Eu: Eu não quero o teu anel Tom. Oferece-o a outra qualquer.
Tom: eu amo-te. Por que é que tu não acreditas em mim?
Eu: Tom, já chega de mentiras. Podes parar, já não precisas de fingir mais..
Tom: Fingir? É isso que tu pensas de mim?
Eu: é. E agora sai daqui Tom.
Tom: Não Su, por favor. Eu não sei viver sem ti.
Eu: SAI. SAI DAQUI!! – gritei.
Ele não disse mais nada. E assim que saiu, eu fechei a porta com toda a força.Não sai mais do quarto.
Quando o Rafael chegou a casa o Bill contou-lhe tudo. E depois os meus pais também ficaram a saber.
Bill: nós amanha vamos embora. Não faz sentido ficarmos cá.
Miguel: vocês é que sabem. Mas quero que saibam que por mim podem ficar o tempo que quiserem.
Bill: Obrigada. Mas é melhor assim. Nós tínhamos mesmo de ir amanha de qualquer forma…

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

28º capitulo

Eu: bêbado..pois…
Bill: tem calma. Amanha vocês conversam.
Eu: eu não tenho nada para conversar com ele.
Bill: vá, tenta dormir mais um pouco. – disse fazendo-me festinhas na cabeça.
Acabei por adormecer.De manha quando acordei estava sozinha. O Bill não estava mais ali. Levantei-me, tomei banho, vesti-me e desci para o pequeno-almoço. Não via ninguém em casa. Parecia estar deserta. Enquanto comia, apareceu o Georg e o Gustav. Sentaram-se também para comer.
Georg: Como estás?
Eu: Bem..
Gustav: Su, todos nós sabemos que não estás bem. Não precisas mentir.
Eu: não se preocupem comigo.
Georg: Claro que nos preocupamos. Nós somos teus amigos. Não te queremos ver triste.
Encolhi os ombros.
Entretanto o Bill foi falar com o Tom.
Bill: Ah, ainda bem que já estás acordado.
Tom: Bill..- estava visivelmente abatido. O Georg e o Gustav já lhe tinham contado o que acontecera. – como é que ela está?
Bill: como é que tu achas que ela está Tom?
Tom: …
Bill: Acho bem que vás falar com ela..mas não tenhas muitas esperanças.
Tom: eu sou tão burro, tão burro. – disse deixando cair a cabeça entre as mãos.
Bill: Pois és. Mas vá, tem calma. Fala com ela.
Desceram os dois. Assim que eles entraram na sala de jantar eu levantei-me e sai.
Tom: Su, espera.
Ignorei-o.
Tom: Su – gritou.
Bill: Tem calma.

Fui para o jardim. Sentei-me num banco que lá havia.
Tom: Su, por favor, precisamos falar.
Eu: eu não tenho nada para falar contigo. – disse fria e amargamente.
Tom: Eu quero pedir-te perdão por tudo o que aconteceu ontem. – disse ajoelhando-se á minha frente. – eu nem sequer me lembro de nada. Eles é que me contaram á pouco.
Eu olhava-o friamente.
Tom: Su, eu estava bêbado. – continuou. Tinha os olhos cheios de água - Eu não sabia o que estava a fazer. Eu não queria..eu amo-te tanto..
Eu: não Tom. Quem ama não trai. E tu traíste-me. Tu prometes-te. Tu disseste que eu podia confiar em ti, e eu confiei..e tudo isso para quê? Para me fazeres isto? Eu não merecia Tom. Ou merecia? Se calhar até merecia, por ter sido tão burra ao ponto de confiar numa pessoa como tu. E sabes o que é mais estúpido? É que eu sabia exactamente como tu és. Eu sabia que no fundo, um dia isto ia acontecer, mas fui tão estúpida que me deixei levar.
Tom: eu nunca te menti Su, nunca. Tu não merecias..- as lágrimas caiam-lhe.
Eu: sai daqui Tom. Deixa-me em paz.
Tom: Su, por favor. Não me faças isto.
Eu: não me faças isto? E o que tu me fizeste a mim? Acabou Tom. Acabou. – as lágrimas começaram a cair-me pela face.
Tom: Não. Por favor Suzanne. Por favor, eu amo-te..
Sai dali a correr e fui para o meu quarto. Pelo caminho passei pela sala, onde estavam os outros. O Bill veio atrás de mim.
Bill: Que aconteceu? Vocês falaram?
Eu: sim. Acabou tudo. – disse a chorar cada vez mais.
Bill: acabaram? Su, tens a certeza daquilo que fizeste? Ele estava bêbado. Não se lembra de nada.
Eu: não o defendas Bill. Isso não é desculpa. Eu sou tão estúpida, tão anormal..
Bill: shh, não digas isso. Tu não és nada disso.
Eu: Bill, por favor, preciso estar sozinha.
Bil: ok, mas se precisares de algo, estou lá em baixo ok?
Eu: ok.
Deu-me um beijo na testa e saiu.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

27ºcapitulo

Eu: Não acredito. – disse alto.
Bill: o quê? Que foi?
Eu: ali - ele seguiu o meu olhar.
Bill: não pode ser. – jogou as mãos á cabeça.
Eu: como é que ele pôde? – as lágrimas caiam-me.
Bill: tem calma.
Eu já não ouvi mais nada do que o Bill disse. Dirigi-me a eles, separei-os e quando o Tom olhou para mim, dei-lhe o estalo da vida dele. Ficou com a minha mão marcada na cara. Depois sai dali a correr e o Bill veio atrás de mim.
Já fora da discoteca, parei para respirar. O facto de estar a chorar e ter vindo a correr fez com que ficasse com falta de ar.
Bill: Su – abraçou-se a mim.
Eu: Bill, como é que ele me pôde fazer isto? Diz-me. – eu chorava cada vez mais.
Bill: tem calma. Tudo se vai resolver.
Soltei-me dos braços dele. Estava completamente descontrolada.
Eu: tudo se vai resolver? Como? És capaz de me dizer? Tu viste! O Tom estava a beijar outra rapariga. Como é que ele teve coragem? Dizia que gostava de mim e no fim. Ele nunca vai mudar, nunca. – joguei-me ao chão, sentei-me no degrau do passeio e chorei. O Bill sentou-se a meu lado e abraçou-me.
Bill: eu não sei o que dizer.
Eu: não digas nada. Leva-me para casa.

Entretanto o Georg e o Andreas que tinham assistido a tudo pegaram no Tom e levaram-no para fora da discoteca. O Gustav juntou-se a eles.
Georg: mas tu és parvo ou fazes-te? – disse dando-lhe uma chapada na cabeça.
Tom: o quê que foi? Para de me bater, queres levar?
Gustav: tu é que vais levar Tom. Tens noção daquilo que fizeste?
Tom: dass, mas o que é que eu fiz? – estava completamente bêbado, já mal se segurava em pé e praticamente não conseguia abrir os olhos.
Andreas: não vale a pena. Vamos leva-lo para casa. Amanhã logo falamos com ele.

Entretanto o Bill tinha-me levado para o meu quarto e ficou a meu lado até eu adormecer.
Quando os outros chegaram levaram o Tom para o quarto deles.
Gustav: como é que ela está? – disse entrando no meu quarto.
Bill: mal. Como é que havia de estar. – disse com um ar preocupado olhando para mim.
Gustav: não conseguimos fazer nada do Tom. Está completamente bêbado. Já o deitamos. Amanha falamos com ele.
Bill: Ok. Eu acho que vou dormir aqui com ela, para o caso dela precisar de algo.
Gustav: ok. Até amanha então.
Bill: até amanha.

Acordei passado poucas horas. Tive um pesadelo com o Tom. O Bill estava deitado a meu lado, acordado.
Bill: como estás. – disse acariciando-me a face.
Não consegui dizer nada. Simplesmente abracei-me a ele a chorar.
Bill: pronto, pronto. Tem calma. – disse acalmando-me.
Eu: como é que eu posso ter calma Bill? Como? Ele traiu-me. Depois de toda aquela conversa que tivemos, que ele tinha medo de me perder, faz-me isto? Era tudo mentira. Eu não passei de mais uma para ele.
Bill: não digas isso. Sabes que isso não é verdade. Ele ama-te. Ele estava bêbado.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

26º capitulo

Um dia, estava na praia quando sinto umas mãos me taparem os olhos. Um sorriso formou-se na minha boca. Eu conhecia tão bem aquelas mãos.
Virei-me,
Tom: Surpresa – disse baixinho agarrando-me a cara e beijando-me de seguida.
Eu: amor, tinha tantas tantas saudades tuas..
Tom: e eu tuas..
Os outros 3 apareceram pouco depois.
Bill: fogo, ao menos tinhas ajudado a tirar as cenas do carro não?
Tom: cala-te. - Depois virando-se para mim – eu tinha de vir a correr ter com a minha rainha.
Bem, eu derreti-me toda e beijei-o.
Iam ficar 2 semanas. Foram duas semanas maravilhosas. Tínhamos de aproveitar ao máximo.
Na penúltima noite deles cá,
Georg: então pessoal, e vamos sair ou não?
Andreas: Claro. – disse logo levantando-se.
Saímos. Fomos a uma discoteca ali perto de casa. Estava uma noite muito quente, por isso fomos a pé.
Entramos. O ambiente era altamente. Pedimos umas bebidas e fomos para a varanda. Conforme a noite avançava aquilo ia enchendo cada vez mais. Era o máximo. Estávamos todos a dançar. Até o Bill, o que me surpreendeu. Já estávamos todos assim para o quentinho, mas o Tom, o Georg e o Andreas já estavam podres de bêbados. Faziam com cada figurinha. Eu fartava-me de rir.
Tom: esta noite não vamos dormir. – disse beijando-me.
Eu: ai não? Então porque?
Tom: porque eu não quero. Esta noite vais ser minha…- fez uma pausa – a noite inteira. – levantou as sobrancelhas e sorriu. Sorri-lhe de volta.
Eu: vou buscar uma bebida.
Bill: eu vou contigo.
Tom: eu fico aqui á tua espera. – beijou-me e apalpou-me quando me virei de costas.
Olhei para trás e sorri-lhe.
Quando voltamos com as bebidas não via o Tom em lado nenhum.
Eu: onde está o Tom?
Gustav: Não sei. Ele estava aqui agora mesmo, mas desapareceu.
Olhei em volta em bicos de pés a ver se o vi e nada.
Bill: men, onde é que é aqui a casa de banho? Já não me aguento.
Eu: ri-me – é lá ao fundo. Eu vou contigo. Também preciso de ir.
Finalmente conseguimos chegar ao outro lado. Aquilo estava mesmo cheio. Até fila para a casa de banho havia. Finalmente consegui despachar-me e quando sai o Bill estava á porta á minha espera.
Eu: obrigada por esperares por mim. – disse abraçando-me ao seu braço.
Bill: sempre às ordens! – Pôs-se em sentido, como se estivesse na tropa.
Íamos a caminho da nossa mesa, quando o meu olhar ficou preso numa das paredes da discoteca.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

25º capitulo

desculpem o capitulo tão pequeno, mas é 1 capitulo de transição e não dava mesmo para continuar, senão o proximo capitulo ja nao tinha piada e ficaria ainda mais pequeno que este.



Eu e o Bill juntamo-nos aos outros que estavam na sala.
Sentei-me ao lado do Tom e dei-lhe um beijo.
Tom: demoraste tanto.
Eu: desculpa amor. Estava a falar com o Bill.
Tom: ok.

Na semana seguinte recebi a pior notícia de sempre,
Tom: amor, precisamos falar. – ele estava sério.
Levou-me para o quarto, sentou-se na cama e fez sinal para me sentar ao seu lado.
Tom: eu vou ter de ir á Alemanha. O David ligou-nos hoje de manha. Já estamos á muito tempo sem aparecer. Temos uma série de entrevistas marcadas e idas á T.V. que não podemos desmarcar.
Baixei o olhar.
Tom: Não fiques triste. Eu sei que é difícil, mas nós já sabíamos que ia ser assim.Eu tenho de ir, mas volto assim que puder. E ligo-te todos os dias. – sorriu enquanto me acarinhava.
Eu: eu sei que este dia ia chegar, mas é muito difícil.
Tom: eu sei. Também é muito difícil para mim.
Eu: e já te sentes preparado?
Tom: sim. Quer dizer, acho que sim. – suspirou.

Eles partiram 2 dias depois.Nunca me senti tão sozinha em toda a minha vida. Estava tão habituada a tê-lo ali. A ter a casa cheia de gente e agora tudo voltou a ser como era antes.Cheguei a pensar que tudo não tinha passado de um sonho bom e que agora tinha simplesmente acordado.
O Tom ligava-me todos os dias, várias vezes ao dia. Às vezes o telefone passava por todos eles. Ou então ele punha em alta voz. Falava um pouco com cada um.
Bill: não te preocupes que eu tomo conta do Tom.
Tom: até parece que eu me porto mal.
Bill: pois, até agora ele está a portar-se bem.
Eu: acho bem.
Depois o Tom fazia sempre aquelas perguntas de como estava a ser o meu dia, se tinha feito alguma coisa fora do normal..eu achava piada. Ele nunca exagerava, era tudo feito de uma maneira muito querida e fofa. Eu percebia perfeitamente o lado dele, pois também eu era um pouco assim, controladora e ciumenta. Também eu lhe fazia imensas perguntas, agora que ele estava longe. Também eu, agora estava insegura. Ele tinha voltado á vida que tinha antes. Tinha medo que voltasse mesmo tudo a ser como era na vida dele.O Bill dizia-me sempre que estava tudo bem e que ele se portava bem. Assumo que ficava mais descansada. :p

Assim se passou 1 mês e meio.

sábado, 23 de agosto de 2008

24º capitulo

Quando chegou, deitou-se em cima de mim e ficamos enrolados ali no rebentar das ondas, a apanhar banho de areia.:P
Beijávamo-nos apaixonadamente.
Passado um bocado voltamos para casa.
Passou-se um mês. Eu e o Tom estávamos cada vez melhor. Ele nunca mais esteve com outra rapariga. Estava sempre coladinho a mim. E quando eu estava a trabalhar ele estava ali perto da minha torre a “olhar por mim”.
Sim, eu sabia que ele me controlava. Acho que não dava um passo que ele não soubesse.
O Bill também já me tinha dito isso.
Bill: Por acaso também já reparei nisso e falei-lhe no assunto. Eu nunca tinha visto ele fazer com uma rapariga aquilo que faz contigo. Ele saia com elas mas depois era cada um para o seu lado e ele não queria saber de mais nada. Contigo ele está sempre em cima.
Eu: mas dizes que falaste com ele..que te disse ele?
Bill: eu vou-te contar, mas faz de conta que não te disse nada ok? Ele pediu segredo, mas eu acho que não faz mal nenhum contar-te. Se ele descobre que te contei mata-me.
Eu: fica descansado. Eu não sei nada. – olhei para o ar e ri-me. Ele também se riu.
Bill: ele disse-me que gosta mesmo de ti a sério e que tem medo de te perder.
Eu: mas ele nunca me vai perder. Ele sabe isso. Eu amo-o.
Bill: sim Su, mas olha bem para ti. Tu és linda. E tu podes não reparar ou não querer reparar mas todos os dias na praia, muitos rapazes olham para ti e o Tom passa-se cada vez que vê uma cena dessas.
Eu: ..
Bill: ele pode parecer muito confiante e tal, mas no fundo ele é muito inseguro e ciumento. E agora que por obra de algum milagre se apaixonou verdadeiramente por alguém, percebe que essa rapariga é “disputada” por vários rapazes. Como achas que ele se sente?
Eu: mas eu não ligo nenhuma a esses rapazes. Eu amo o Tom. E nunca o iria trair.
Bill: pois, mas pelos vistos ele não tem tanta certeza disso. Ele tem medo de te perder. Tem medo que a qualquer momento tu te interesses por outro rapaz. E depois o facto de ele não ser de cá, e que mais dia, menos dia vai ter de voltar á Alemanha, ainda o deixa mais inseguro.
Eu: por isso é que ele anda sempre a controlar o que faço para ver se eu não me aproximo demasiado de um rapaz..
Bill: exactamente. Mas..posso fazer-te 1 pergunta?
Eu: Claro. Diz.
Bill: Tu não te importas nada que ele te controle pois não? – sorriu.
Eu: porque dizes isso?
Bill: não sei. Nunca vi fazeres cara feia ou chateares-te por ele fazer isso.
Eu: não, não me importo. Sinceramente eu até gosto. – sorri. - Além disso eu não tenho segredos para o Tom. Eu não faço nada de mal, nada que ele pudesse não gostar e conto-lhe sempre tudo. Por isso não tenho qualquer problema.
Bill: logo vi.
Depois da conversa com o Bill apercebi-me que tinha de fazer algo para mostrar ao Tom que gostava mesmo dele. Não sabia era o quê.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

23º capitulo

Puxei-a para a areia e sentei-a no chão. Depois dos procedimentos normais, olhei em volta á procura da Jeane.
Tom: Amor, estás bem? – perguntou preocupado.
Todos os outros estavam ao lado do Tom esperando a minha resposta.
Eu: Sim, estou bem..está tudo bem.
Olhei em volta mais uma vez. Avistei-a um pouco mais á frente. Joguei a mão ao peito. Ardia-me cada vez mais.
Hanne: Suzanne, tu estás bem?
Eu nem ouvi bem o que ela disse. Já ia em direcção á Jeane. Cheguei ao pé dela e empurrei-a.
Eu: mas quem é que tu pensas que és?
Nem ouve tempo para ela me responder. Já o meu irmão estava a agarrar-me e a levar-me de volta para perto dos outros.
Eu: ela vai pagar-mas. Ai se vai.. – dizia furiosa.
Tom: Calma – disse abraçando - se a mim.
Era tudo o que precisava naquele momento, um abraço do Tom. :)
Mais tarde apresentei no departamento uma queixa formal contra a Jean. Para além do que me fez a mim, tinha posto em perigo a vida de uma pessoa que estava a pedir ajuda. E isso vai contra a ética.
Ela acabou por ser suspensa durante 2 semanas. Era o mínimo.

No dia seguinte, ao final da tarde, quando sai do trabalho tinha o Tom á minha espera em frente á torre.
Eu: deixa-me só ir guardar as coisa. Venho já. Ok?
Tom: ok. mas vem rápido.
Sorri.
Fui ao departamento, guardei o material, a chave da torre e voltei para junto do Tom.
Ele estava sentado na areia, olhando o mar. Aproximei-me devagar e abracei-lhe o pescoço por trás.
Eu: olá. Voltei!!
Ele agarrou-me pela cintura e puxou-me para a frente. Sentou-me no colo dele e beijou-me.
Eu: isso é tudo saudades?
Tom: hum hum – roçou o nariz no meu.
E mais uns beijinhos.
Olhei para o mar. Depois para ele,
Eu: e que axas de um banho?
Tom: não sei.
Eu: Oh vá lá..o ultimo a chegar á água é um ovo podre. – Comecei a correr para a água.
Tom: Oh assim não vale. Sua batoteira. – correu também para a agua.
Eu: ovo podre, ovo podre – chamava-lhe enquanto me ria.
Tom: fizeste batota – disse agarrando-se a mim.
Eu: não fiz nada. Tu é que és lento.
Tom: ai sou lento é? Eu já te digo quem é o lento. – começou a fazer-me cócegas.
Eu: Tom..pára, pára.. – finalmente depois de estar quase a chorar de tanto rir, ele parou.
Passado um bocado, sai.
Deitei-me na areia á beira da água, enquanto o Tom ainda continuava lá dentro.
Um pouco depois ele saiu e dirigiu-me a mim.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

22º capitulo

Passou uma semana, o Georg, o Gustav e o Andreas vieram ter connosco.
Eles eram tão divertidos. Ria-me tanto com eles.
Georg: O que? O Tom apaixonado? A
ndreas: Não acredito.
Bill: A sério. Eu sei que é difícil de acreditar mas é verdade.
De repente o Tom entra na sala, e eles calam-se.
Tom: escusam de se calar. Eu sei que estavam a falar de mim.
Bill: és muito convencido sabias?
Tom: pois, pois…
Andreas: ok, pronto, estávamos a falar de ti, de como mudaste..
Tom: Mas vocês ainda estão a falar nisso?
Todos se riram.

Fui para a praia como todos os dias de manha. O meu relógio marcava 7 horas. Corri na direcção oposta á minha casa, e depois voltei a nado. Repetia isto praticamente todos os dias. Tinha que manter a forma física e não gostava muito de estar fechada num ginásio, logo esta era uma boa opção.
Muitas das vezes o meu irmão acompanhava-me. Mas desta vez, fui sozinha.
Voltei para casa, tomei um duche só para tirar o sal, vesti o fato de banho e desci para tomar o pequeno-almoço. Estava pronta para ir trabalhar. Subi ao quarto para ir buscar o meu saco. Antes de voltar a sair olhei para o Tom. Ali estava ele na minha cama. Dormia profundamente. Aproximei-me dele. Passei o meu dedo na sua testa e beijei-lhe a face,
Eu: é tão bom ter-te aqui…
Ele mexeu-se. Peguei no saco e sai. No caminho para o departamento cruzei-me com a Jeane. Jeane: Olá, há quanto tempo – meteu-se comigo.
Há 4 dias que não me falava, e ainda bem. Apenas nos víamos á distância na praia. Infelizmente tinha de trabalhar no mesmo sitio que ela.Não respondi e continuei o meu caminho.
Jeane: Deves-te achar..
Ignorei mais uma vez.Quando cheguei ao balneário vi que o meu cacifo tinha sido mexido. A porta estava aberta. O cadeado tinha sido partido. Felizmente nada foi roubado até porque não tinha lá nada que interessasse.
No entanto tinha um bilhete.“Não brinques comigo. Eu vou conseguir o que quero e não és tu que me vais impedir.”
Eu: Não acredito. Esta não desiste mesmo.
Não havia um dia que ela não se mete-se comigo ou com a Hanne. Por vezes conseguia mesmo tirar-nos do sério. Mas nós fazíamos tudo para a ignorar, apesar de ser bastante difícil. Agora tinha ido longe demais. Que queria ela do meu cacifo? Que procurava ela?
Guardei as minhas coisas e fui para a praia. Os rapazes chegaram pouco depois e ficaram junto á minha torre.
Pouco antes do almoço vejo alguém dentro de água a pedir ajuda. Peguei na bóia e corri. No caminho para a água tratei de colocar o fio da bóia á volta do meu corpo, e soltei a bóia para poder ter as mãos livres para nadar.
Conforme vou a entrar na água com a bóia a ser arrastada atrás de mim, sinto-me a ser puxada para trás e cai á beira da água. Senti um enorme aperto no peito, o fio da bóia pressionara-me o peito e sentia um pequeno ardor. Olhei para trás para ver o que tinha acontecido quando vejo a Jeane com o pé ainda em cima do fio. Ela pisara-o de propósito para eu cair. Toda a gente tinha visto.
Na minha cabeça só ouvia a rapariga a gritar por socorro. Num impulso, esqueci a minha dor no peito, virei-me novamente para o mar, e nadei para ela.
Eu: Calma. Já te agarrei.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

21º capitulo

Desculpem a minha ausencia.
mas agr tou de volta. :)
para vos compensar deixo-vos 2 capitulos ^^

beijinhos


Tom: Gostas?
Eu: Adoro. – sorri-lhe e dei-lhe um beijo.
O Tom estava vestido de uma maneira como eu nunca o tinha visto. Estava com uma camisa preta, com os primeiros botões desabotoados que lhe deixavam um pouco do peito bronzeado á mostra; umas calças de ganga mais justas que o normal, e uns sapatos pretos. Na cabeça tinha um lenço preto super discreto.
Tom: E tu estás perfeita. Como sempre. – sorriu.
Eu: Obrigada.
Bill: He lá..quem és tu? – disse descendo as escadas e metendo-se com o irmão.
Tom: Cala-te.
Vamos?
Eu: Sim.
Fechou-me a porta do carro que tinha pedido emprestado ao meu irmão, e seguiu para o restaurante.
O restaurante era simplesmente o mais lindo, chique e caro da zona. Tínhamos uma mesa reservada num salão á parte, onde havia o som de um piano ao vivo. Havia pouca gente nesse salão.O jantar foi muito bom e o ambiente perfeito. De vez em quando ele dava-me a mão por cima da mesa e acariciava-ma. Outras vezes ficava a observar-me com um olhar perdido, e depois sorria. Eu sorria-lhe de volta.
No final do jantar, levou-me a passear aos jardins do restaurante. Os jardins eram lindos. Tinham piscina, muitas árvores, arbustos, uma cascata, bancos e um baloiço de madeira. Sentamo-nos num dos bancos junto á cascata.
Eu: Que sitio lindo! – Estava completamente fascinada. Conseguíamos ouvir a música do piano do restaurante ao longe.
De repente ele levantou-se e ajoelhou-se na relva á minha frente. Abraçou a minha cintura com os seus braços e beijou-me. Quando os nossos lábios se descolaram, os nossos olhos fixaram-se nos do outro e assim ficamos por momentos, simplesmente a olharmo-nos. De repente ele levou uma mão ao bolso e tirou de lá uma caixinha de veludo preto.Abriu-a á minha frente e olhou-me. Era o anel mais lindo que eu já tinha visto em toda a minha vida.
Voltou a olhar a caixinha, tirou um anel e colocou-mo no dedo.
Tom: Amo-te
Uma lágrima caiu-me.
Eu: Amo-te - Abracei-o.
Tom: é para nunca te esqueceres de mim. – pegou na minha mão e beijou o anel.
Eu: eu não preciso de nada para me lembrar de ti. – olhei para o anel. – é lindo. Obrigada. – sorri.
Tom: Agora és minha e só minha. – disse baixinho.
Eu: e tu meu, só meu. – Beijamo-nos.

Passado umas horas fomos para casa. Deitei-me no peito dele. Ele afagava-me o cabelo.
Tom: Suzanne..
Levantei a cabeça e olhei para ele.
Depois de alguns segundos a olhar-me,
Tom: prometo que nunca te vou desiludir. – disse sério e com um ar muito querido. Beijei-o. Um beijo apaixonado, cheio de sentimento. Adormecemos bem agarradinhos.

capitulo 20

Eu: nada..- voltei a encolher os ombros.
Ele aproximou-se e beijou-me. Afastei-o.
Tom: Deixa-te levar. – disse baixinho, e voltou a beijar-me.
Não o impedi. Afinal era o que eu queria. Acabamos por faze-lo ali. Porque é que eu nunca lhe resistia? Oh god..
Tom: prometo que nunca te vou magoar. – disse roçando o seu nariz no meu. Beijei-o.
Nessa noite ele dormiu comigo. Vimos um filme na cama, conversamos e namoramos. Sentia-me tão bem com ele. Ele era tão querido…
Prometeu-me que ia mudar e que nunca me iria trair.
No dia seguinte acordei cedo para ir trabalhar e fiquei espantada ao ver que o Tom já não estava na cama. Depois de o procurar conclui que não estava em casa.
Fui para a praia. Já eram 11 horas e nada do Tom.
Bill: Olá. Tudo bem?
Eu: Tudo e contigo?
Bill: ya. Posso ficar aqui? Disse sentando-se na cadeira ao lado da minha na torre de vigia.
Eu: claro. Olha por acaso sabes do Tom?
Bill: sei.
Eu: Sabes? Onde é k ele esta?
Bill: Não posso dizer.
Eu: estás a gozar comigo não?
Bill: Não. Não me faças perguntas. Não posso dizer nada.
Passado poucos minutos percebi o que o Bill não me queria dizer por nada deste mundo.
Olhei para o céu, como olhava sempre que passavam aquelas avionetas com publicidade. Sempre achei piada àquele tipo de publicidade e olhava sempre que passava um. No entanto a mensagem desta vez não era de publicidade a uma discoteca e a um novo sabor de um sumo. No avião estava a mensagem: “ Queres namorar comigo? Amo-te. Tom”.
Achei tão lindo. Tão romântico.
Tom: Suzanne..- chamou
Virei-me seguindo a voz do Tom. Lá estava ele, com um sorriso nos lábios. Aproximou-se.Colocou as mãos na minha cintura,
Tom: Gostaste?
Eu: se gostei? Eu adorei!! – estava tão feliz. Nunca me tinham feito nada tão romântico.
Tom: E então? Aceitas? – perguntou da forma mais querida deste mundo.
Eu: Sim – Ele colocou a mão na minha nuca, e beijou-me demoradamente.
Eu estava no céu. E aqueles beijos.. *.*
Tom: Amo-te
Sorri. Foi tão bom ouvir aquela palavra da boca dele..
Eu: Também te amo Tom.
Tom: Janta comigo esta noite.

Cheguei a casa, tomei banho e vesti-me. Levava um vestido preto, com sapatos altos pretos envernizados, maquilhagem suave, cabelo solto com as ondulações realçadas. Peguei na mala e desci.O Tom estava sentado no sofá á minha espera.
Eu: Oh My God – não consegui dizer mais nada assim que o vi.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

19º capitulo

Depois do jantar os rapazes foram para o bar e eu fiquei de ir mais tarde, pois tinha umas coisas para fazer lá em casa.
Mais tarde, quando cheguei ao bar, vi o Tom todo muito derretido para cima de uma rapariga.
Mas quem é que ele pensa que é? – disse alto para mim própria.
Cheguei ao pé deles, coloquei-me entre os dois, agarrei com força as partes baixas do Tom e empurrei-o contra a parede. Ele tinha uma expressão de dor.
Tom: Estás a magoar-me. – queixou-se.
Eu: Estou? É de propósito. – disse passada.
Tom: Porque?
Eu: O que é que estavas a fazer ali todo derretidinho com aquela gaja?
Tom: Tem calma. Estávamos apenas a conversar.
Eu: eu sei muito bem quais são as tuas conversas. – larguei-o e sai dali a correr.
Não sei o que me deu. Eu não tinha nada com o Tom. Não éramos namorados. Não tinha o direito de fazer aquilo. Foi um impulso. Sentei-me na praia com a cabeça pousada nos joelhos.
Tom: Su..
Eu: o que é que estás aqui a fazer? – disse chateada.
Tom: Porque fizeste aquilo? – Disse sentando-se a meu lado.
Eu: eu..não sei. E desculpa se te magoei. – Tinha caído em mim.
Tom: Pois, magoaste um pouco. Mas não faz mal. Tu sabes que eu até gosto..mas não exageres. :P – riu-se e fez uma cara de como quem diz “sabes bem do que tou a falar”. :P
Não pude deixar de rir com aquilo que ele disse, mas depressa fiquei séria.
Tom: Su..
Olhei para ele.
Tom: Eu..- aproximou-se de mim. – eu quero que saibas que não queria nada com aquela rapariga. Estávamos apenas a conversar.
Eu: não tens que me dar justificações Tom. Nós não somos namorados. És livre de fazer o que quiseres.
Tom: Mas eu quero dar-te justificações. Eu quero estar contigo. Eu acho que estou a sentir qualquer coisa por ti. O que me prende a ti é muito mais do que uma atracção. Tu és uma mulher linda, atraente, decidida, sabes o que queres da vida. És lutadora, és querida, atenciosa, meiga..e..
Eu: e?
Tom: Eu acho que estou apaixonado por ti.
Eu: Achas?
Tom: Eu não sei. Eu nunca senti isto antes. Eu não sei como lidar com isto. Só sei que quero estar perto de ti. Quero estar contigo. Quando algum rapaz se aproxima de ti eu fico capaz de o matar. Isso significa algo, ou não?
Eu: não sei Tom. Não sei se és capaz de estar com alguém muito tempo. E eu não quero sofrer.
Tom: Eu não te quero fazer sofrer. Confia em mim. Eu posso mudar..
Encolhi os ombros. Não sabia o que lhe podia dizer mais..no fundo eu queria algo mais dele. Não apenas sexo. Queria estar com ele. Sentir que ele era meu. Poder dizer que ele era o meu namorado. Também eu estava apaixonada. Mas eu sabia isso. Tinha a certeza daquilo que sentia. Mas eu conhecia-o e tinha medo. Como seria quando ele acabasse por ir embora?
Tom: Que estás a pensar?

domingo, 17 de agosto de 2008

18º capitulo

Tom: não estou a ver assim nada de especial..
Bill: não? De certeza? Deves pensar que eu sou parvo, não?
Tom: ah?
Bill: pensas que eu não reparei que há aí qualquer coisa entre ti e a Su?
Tom: pois.. – disse a sorrir e olhou para mim que estava a uns metros de distancia.
Bill: vocês estão juntos?
Tom: sim. Quer dizer, não sei.
Bill: não sabes?
Tom: Gostamos de estar um com o outro. Pode-se dizer que passamos bons momentos juntos.– baixou o olhar..
Bill: e?
Tom: e o que?
Bill: não me estás a contar tudo..
Tom: Fogo..tu não dás hipótese..não te consigo esconder mesmo nada pois não?
Bill: pois é maninho – disse a rir-se.
Tom: Até irrita men..
Bill: Mas vá conta lá..
Tom: não sei, ela é diferente. Ela deixa-me de uma maneira..e não estou só a falar de sexo, até porque com ela não é simples sexo, é mais do que isso. A forma como ela me olha, como me trata, como me toca..ela está-me a deixar louco. Só quero estar com ela. Que se passa comigo? Eu nunca senti nada disto antes..
E quando algum rapaz se aproxima dela, fico..sei lá..
Bill: ficas com ciúmes…estou a ver…
Tom: não sei..nós não temos nada assumido. Nem sequer falamos sobre isso ainda. Ela tem tantos rapazes que gostam dela..porque quererá assumir algo comigo? Logo comigo, que tenho a fama que tenho, que nem sequer sou de cá..ela não vai querer nada comigo, que não seja os divertimentos que temos tido. Sinceramente tenho medo. Tenho medo de falar sobre o assunto. Bil: Tom?
Tom: diz
Bill: Tu não me digas que…tu estás apaixonado?
O Tom levantou-se, levou as mãos á cabeça e voltou a olhar-me.Ficou assim por momentos..só a olhar-me.
Bill: Meu deus, tu estás completamente apanhado.. – disse a rir.
Tom: o que é que eu faço?
Bill: falas com ela.
Tom: mas e se..
Bill: Mas nada. Deixa de ser maricas e vai falar com ela.
Tom: tens razão..

Nessa tarde quando cheguei a casa fui para o meu quarto. Tomei banho, pus os cremes e enrolei-me na toalha. Vinha a entrar novamente no quarto quando vejo o Tom deitado na minha cama. Assim que me sentiu no quarto levantou o tronco e olhou-me.
Tom: Olá.
Eu: Oi. – sorri-lhe.
Ele fez um sorriso daqueles e levantou as sobrancelhas.
Queres festa - pensei.
Fechei a porta atrás de mim, enquanto ele se levantou e caminhava para mim.Colocou-me as mãos na cintura e empurrou-me contra a parede. Beijou-me o pescoço, o ombro. Puxou-me o lábio..
Eu: Ai Kaulitz..o que é que tu queres?
Tom: Quero-te a ti.. – disse-me ao ouvido.
De seguida pegou-me ao colo e deitou-me na cama. A toalha que cobria o meu corpo depressa se desapertou. Tirei-lhe a t-shirt e as calças.
Tom: Tu deixas-me louco… - dizia excitado enquanto me puxava o cabelo para trás.
Fizemo-lo de uma forma mais selvagem. Às tantas caímos no chão. Mas isso não foi problema. Acho que nem sentimos a queda. Continuamos como se nada tivesse acontecido. Quando estávamos juntos, nada mais importava. Éramos só os dois. Graças aos deuses não estava ninguém em casa. A Maria estava de folga, os meus pais ainda não tinham chegado e o Bill tinha ido com o Rafael comprar o jantar fora. Caso contrário toda a gente teria ouvido os nossos gritos e gemidos.God, aquele gajo levava-me á loucura.
Tom: Adoro-te – disse deitado em cima de mim no chão.
Eu: também te adoro. – dei-lhe um beijo rápido.

sábado, 16 de agosto de 2008

17º capitulo

…assim que atingimos o auge, ele desmaiou.
Sai de cima dele, bati-lhe suavemente na cara enquanto chamava pelo seu nome.
Eu: Acorda..Tom..acorda..- peguei no lençol e limpei-lhe o suor da cara. Fui á casa de banho buscar água e salpiquei-lhe a cara.
Ele começou a despertar.
Tom: soltou um gemido – tu dás cabo de mim. – Olhou-me de uma forma que OMG. Aquele gajo excitava-me só com um olhar. Ainda por cima estava com um ar sério..ainda pior!!
Deitei-me a seu lado enquanto lhe beijava e acariciava a cara. Ele ia recuperando pouco a pouco e acariciava-me o ombro e as costas.
Quando tudo voltou á normalidade,
Tom: tinhas razão.
Eu: no quê?
Tom: que seria a noite da minha vida. – Sorriu-me.
Devolvi-lhe o sorriso e beijei-o.
Adormecemos segundos depois.

Acordei era meio-dia. Ele dormia profundamente a meu lado.
Levantei-me, tomei banho e vesti-me.
Eu: Tom, Acorda – dizia enquanto lhe dava beijinhos na cara.
Tom: humm, só mais um bocadinho…
Eu: vá, despacha-te para irmos almoçar.
Ele abriu os olhos, e ficou a observar-me. Acenei com a cabeça como quem pergunta, “que foi?”
Ele levantou-se ficando sentado a meu lado e beijou-me. Um beijo longo, e muito intenso. Enquanto isso ia passando as mãos pelo meu corpo. Já estava pronto para outra. Afastei-o.
Eu: vá, vai-te vestir. Vamos comer qualquer coisa. – Fiz de conta que o ia beijar e depois afastei-me roçando o meu nariz no dele. Ele percebeu a provocação e sorriu.
Quando ele desceu eu estava deitada no sofá á espera para ir almoçar. Aproximou-se e deitou-se no sofá em cima de mim. Beijou-me.
Eu: Tom, pára.
Tom: Porquê?
Eu: Porque sim. Vá, vamos comer.

Escusado será dizer que não nos largamos mais. :P era rara a noite em que dormíamos sozinhos e até os meus pais já tinham reparado.
Eu estava no paraíso. O Tom era maravilhoso comigo. E nunca mais o vi a fazer olhinhos a outra rapariga, o que me surpreendeu, verdade seja dita.
Resumindo, estava completamente apaixonada.

Tom: vamos, despacha-te. Já estamos atrasados.
Eu: vou já, vou já. – Disse descendo as escadas a correr.
O Bill chegava nesse dia. Íamos busca-lo ao aeroporto.
Tom: Bill..Bill..- gritava em pleno aeroporto.
Eu: isso é tudo saudades? – meti-me com ele. Ele sorriu-me.
O Bill era tão cabeça de vento que olhava para todo o lado menos para onde nós estávamos. E ir ter com ele era mentira porque estava toda a gente a sair e seria como remar contra a maré, o que ia acontecer era que íamos perde-lo de vista e ai nem amanha saiamos dali.
Pusemo-nos os 2 em cima de uns bancos.
Eu: Bill..
Tom: Bill..
Estava toda a gente a olhar para nós. Que figurinhas meu deus.
Finalmente ele viu-nos.
Eu: Aleluia!! Estava a ver que não.
Beijinhos e abraços..:)

Depois do Bill se instalar fomos para a praia.
Bill: então e novidades? – Eu tinha-me ausentado por momentos, e o Bill aproveitou para saber das coisas.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

16º capitulo

Eu: não sei, talvez. Logo se vê. – sorri.
Ele olhou-me de uma forma…OMFG.

Depois do jantar,
Rafael: bem, vou para o bar. Alguém vem?
Tom: Sim, nós vamos.
Eu: eu ainda tenho de me vestir. Mas vocês podem ir andando.
Rafael: ok. Depois vem lá ter. – Saíram os dois.
Subi ao meu quarto para me arranjar.Vesti um vestido azul escuro, que ficava um pouco acima do joelho, salto alto, cabelo solto, e pouca maquilhagem. Sem parecer convencida, sentia-me bastante sexy.
Dirigi-me ao bar. Quando entrei não os vi. Sentei-me ao balcão, cruzei a perna, pedi uma bebida e fiquei a observar o ambiente.
De repente vejo o Tom a vir na minha direcção. Quando estava mesmo a chegar a mim, parou e ficou a observar-me. Aproximou-se,
Tom: Uau..Tu estás…- disse pondo as mãos na minha cintura.
Eu: Linda?
Tom: Mas que convencida…
Eu: Mais do que tu não sou de certeza. – mostrei-lhe a língua.
Tom: estás mais do que linda, estás…perfeita… - disse-me ao ouvido.
Ele não tirava os olhos de mim, principalmente do meu decote. Se o que eu queria era prender-lhe a atenção, então acho que tinha conseguido.
Eu: Obrigada. – sorri.
Deu-me um beijo na face.
Tom: vamos dançar?
Acenei com a cabeça.
Continuamos aquilo que tínhamos feito na noite anterior. Ele já estava completamente descontrolado. Puxou-me para uma parte mais isolada e escura do bar e empurrou-me contra a parede. Encostou-se a mim,
Tom: Suzanne, eu não aguento mais…– dizia ofegante.Tentou beijar-me e eu não o impedi. Começou por ser um beijo suave, mas depressa se tornou num beijo mais selvagem devido ao estado em que já estávamos. Ele colocou as suas mãos no meu rabo e puxou-me para cima. Rodeei a sua cintura com as minhas pernas.Ele passava as mãos dentro do meu vestido, enquanto eu lhe beijava o pescoço.
Tom: vem comigo, por favor. – disse enquanto me agarrava a cara e me beijava com fervor.
Puxou-me para a praia. Sentou-se na areia e eu pus-me em cima dele. Estávamos cada vez mais loucos.Fiz um movimento com a anca, o que o excitou ainda mais. Gemeu-me ao ouvido. Foi o delírio.
Eu: Aqui não. Vamos para casa. – disse levantando-me.
Levamos uma eternidade a chegar a casa. Íamos parando pelo caminho para nos beijar e agarrar encostados ás paredes.
Chegamos a casa,
Eu: shh, não faças barulho.Subimos as escadas e entramos no meu quarto. Só tive tempo de trancar a porta. Segundos depois já estava ao colo do Tom encostada á porta. As suas mãos percorriam todo o meu corpo. Tirei-lhe o boné e a fita e atirei-os para o chão. Desci as minhas pernas até ao chão e empurrei-o em direcção á cama. Ele sentou-se enquanto passava as mãos nas minhas pernas e rabo, e me levantava o vestido. Tirei-lhe as t-shirts. Empurrei-o para trás, fazendo-o ficar deitado na cama e sentei-me em cima dele. Beijei-lhe a barriga, o peito, o pescoço, a boca, puxava-lhe o lábio…ele gemia enquanto fazia expressões de pura loucura.Elevou o tronco e enquanto me beijava tirou-me o vestido.
Depois agarrou-me, deitou-me na cama e tirou as calças. Beijou-me todo o corpo. Já não aguentávamos mais. Inverti as posições, ficando por cima. Agarrei-lhe os braços acima da cabeça dele,
Eu: Hoje quem manda aqui sou eu.. - e comecei a beija-lo.
Ele tinha as mãos presas e o facto de não me conseguir tocar excitava-o ainda mais. Estava a adorar vê-lo assim. :P
Os únicos sons que se ouviram a seguir foram os nossos gemidos, por vezes bastante altos, e a respiração ofegante. Invertemos posições bastantes vezes. A coisa estava demorada, pois estávamos a fazer por isso. oh se eu o sabia fazer esperar..ele estava cada vez mais excitado, e não via o fim á vista. (não que isso fosse uma coisa má..era bom..mt bom)Ele gemia tanto, revirava os olhos, Os nossos corpos estavam completamente molhados. Eu continuava por cima dele que se contorcia a cada movimento e assim que atingimos o auge..

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

15º capitulo

Baixamo-nos os dois ao mesmo tempo para o apanhar e sem querer demos uma cabeçada. Começamo-nos a rir e eu encostei-me á parede. Ele aproximou-se de mim. Eu estava “encurralada” entre ele e a parede. Aproximou a sua cara da minha, bem devagarinho.
Fomos deixando de rir aos poucos, ficando sérios quando as nossas bocas estavam quase a tocar-se. Os nossos lábios roçaram um no outro.
E no último momento, eu desviei a cara e dei-lhe 1 beijo na face.Ele olhou-me e eu sorri-lhe. Ele sorriu-me também. Afastamo-nos e ele ajudou-me a apanhar os bocadinhos do meu suposto prato.
O resto do dia foi feito essencialmente de trocas de olhares e conversas bastante animadas.
No dia seguinte, o Tom não foi ter comigo á torre de vigia. Preferiu ficar na areia, mas eu via que ele me observava, assim como eu o observava a ele. (Não iria ele afogar-se :P )
Nessa noite fomos até ao bar.
Eu ia vestida de uma maneira que sabia que ele gostava. Levava uma mini-saia de ganga, um top preto e salto alto. Pude confirmar que gostou quando desci as escadas e vi a forma como olhou para mim.
Já no bar fomos buscar umas bebidas e sentamo-nos nuns bancos junto á parede.
Eu: então ainda não viste ai nenhuma rapariga para engatares hoje? – disse em tom de troça.
Tom: não. Hoje não estou interessado. E para além disso, já tenho companhia.
Eu: ai é? Quem? – fiz-me de desentendida.
Tom: tu..- Aproximou-se de mim e tentou beijar-me. Afastei-o.
Eu: Vamos dançar. – disse já lhe puxando a mão.
Dancei bem junto a ele, e de vez em quando roçava o meu corpo no dele. Ele tentou beijar-me várias vezes, mas eu afastei-o sempre de uma maneira que o provocava.Ele pôs as suas mãos na minha cintura e dançava comigo. Por vezes passava as mãos pelo meu corpo, mãos essas que eu tratava logo de mudar de sítio.Beijei-lhe o pescoço. Ele delirou. Tentou beijar-me. Virei a cara e quando ele desistiu beijei-lhe o canto da boca. As suas mãos voltaram a passear-se pelo meu corpo. Ele estava louco. Sinceramente..eu gostava de provocá-lo. :P
Eu: Vou para casa.
Tom: Já? E assim?
Eu: amanha é dia de trabalho. Não sou como tu que fica a dormir até á uma da tarde.
Tom: mas eu pensava que..
Eu: pensavas o que?
Tom: tu sabes.. – fez aquele sorriso maroto.
Eu ri-me.
Tom: Que foi?
Aproximei-me dele e segredei-lhe:
Eu: ainda não estás preparado. – de seguida mordi-lhe a orelha.
Tom: preparado? Para que? Eu estou mais que preparado.
Eu: não estás preparado para a melhor noite da tua vida – provoquei-o. (convencida) :P
Ele sorriu. Dirigi-me para a saída.
Tom: espera, eu também vou. Ele ainda bem que tentou entrar para o meu quarto, mas eu não ia deixar. Tranquei a porta para qualquer eventualidade.
No dia seguinte ele apareceu na praia depois do almoço. Trocamos olhares e sorrimos. Aproximou-se de mim,
Tom: amanha estás de folga. Por isso esta noite podemos ficar até mais tarde não podemos? – disse num tom provocador e ao mesmo tempo muito fofo.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

14º capitulo

Passado um pouco, entrou no quarto com um tabuleiro com o pequeno-almoço para os dois.
Eu: Tom..ai não acredito. – eu adorava tomar o pequeno almoço na cama.
Ele pousou o tabuleiro á minha frente e sentou-se.
Tom: Vá, agora toca a comer tudo.
Pôs doce num pouco de torrada e deu-me á boca. Mas ele é tão dah que me sujou.
Eu: ai – disse jogando a mão á boca na tentativa de a limpar.
Tom: Espera eu limpo – e passou o seu dedo no meu lábio.
Olhamo-nos. E por momentos ficamos atrapalhados.
Eu: ahm, bem…eu ..eu tenho de ir á casa de banho.
Tom: Ok ok – disse sem saber o que fazer.
Olhei-me ao espelho.
Suzanne, o que está a acontecer contigo? Que foi aquilo? Não, o Kaulitz não. Ele é... Só te vais magoar. – pensava.
Voltei a entrar no quarto.
Tom: Su, precisamos falar.
Eu: Sim. Diz. – sentei-me á sua frente.
Tom: Eu..quero pedir-te desculpa… - ele olhava-me de 1 maneira diferente.
De repente começa a aproximar-se de mim. As nossas bocas estavam próximas. Estávamos quase a beijar-nos quando eu me afasto.
Tom: desculpa, desculpa.. – levantou-se.
Eu: Não faz mal..- sorri-lhe atrapalhada.
Eu: bem, quero vestir-me. Podes sair?
Tom: Claro. Também vou. - dirigiu-se para a porta.
Eu: Tom.. – chamei.
Tom: sim?
Eu: obrigada pelo pequeno-almoço.
Tom: de nada. – sorriu.

Sinceramente,não parava de pensar naquilo que tinha acontecido. :P
O Tom não era o tipo de rapaz por quem eu me apaixonaria. Ele não gostava de relacionamentos sérios, preferia aventuras de apenas uma noite. E isso não era o meu estilo.

Estava perdida nos meus pensamentos quando ele entrou no quarto.
Tom: queres vir para a piscina?
Eu: ahm..sim..vamos.

Deitei-me numa das espreguiçadeiras e ele mergulhou.
Como ele adorava ficar a boiar. Eu observava-o.

Quando saiu da piscina, em vez de ir pelas escadinhas, fez força com os braços na beira e subiu mesmo por ali, na parte mais funda. Aquele corpo, um pouco musculado, molhado, a sair da água..conforme ele fazia força os músculos sobressaiam.
Oh gott Kaulitz..eu nunca tinha reparado nele daquela forma. O que eu andava a perder…
Comecei a prestar-lhe mais atenção. Ele tratava-me de uma maneira como eu nunca tinha sido tratada antes. Dava-me atenção, ouvia-me quando eu falava, olhava para mim, preocupava-se comigo, era um querido, abraçava-me, mimava-me…e como se isso não bastasse, era lindo, sexy. etc etc :P

Tom: tenho fome, vou comer qualquer coisa.
Eu: espera eu vou contigo.
A Maria tinha saído para fazer umas compras. Tínhamos a cozinha por nossa conta. :P
Preparamos umas sandes e comemos. Quando terminamos levantamo-nos da mesa e sem querer chocamos um com o outro, e o meu prato foi ao chão.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

13º capitulo

Finalmente o meu irmão conseguiu puxar-me e colocou-me nos braços do Tom, enquanto ele próprio punha a Jean fora do bar.
Nessa mesma noite, ela voltou a aparecer no bar.
Eu estava a dançar com uma amiga quando ela me empurrou de propósito. Agarrou-me o braço com força,
Jean: prepara-te. Isto vai começar a ficar feio para o teu lado. – disse-me ao ouvido, em tom de ameaça.
Eu: Ui, tou cheia de medo – respondi-lhe. Se havia coisa de que não tinha medo era ela.
Ela voltou a empurrar-me e foi ter com um homem qualquer.
Eu saí do bar a correr. Precisava apanhar ar.Corri para a praia e sentei-me na areia. Passado um pouco o Tom apareceu,
Tom: que se passou?
Eu: ela voltou a chatear-me..
Tom: mas isto é sempre assim?
Eu: Sim..infelizmente.. – baixei o olhar. Sentia-me cansada.
Tom: vem cá – fazendo um gesto para que eu me aproximasse dele.
Ele sentara-se a meu lado e puxava-me agora para junto dele. Encostei a minha cabeça no seu peito.
Eu: Tom, volta lá para a tua amiga. Não te quero estragar os planos.
Tom: shh, a minha única amiga aqui és tu. Quero ficar aqui contigo. Isto se quiseres a minha companhia, claro.
Levantei a cabeça, olhei para ele e abracei-o forte. Depois voltei a olha-lo,
Eu: Claro que quero a tua companhia – sorri.
Ele também sorriu.
Voltei a deitar a minha cabeça no seu peito e abraçava o seu tronco com os meus braços, enquanto ele me fazia festinhas e de vez em quando um beijinho na cabeça.
Ali ficamos..e mais tarde fomos para casa.

Nessa noite tive um pesadelo horrível com o Ruben e com aqueles homens. Tudo aquilo que eu tentava esquecer aterrorizava-me em sonhos.O Tom entra de repente no meu quarto. Tinha ouvido os meus gritos. Eu estava sentada na cama. O meu coração parecia querer furar-me o peito para sair.
Tom: calma, calma. Foi só um pesadelo. – disse abraçando-me.
As lágrimas caiam-me e tremia por todo o lado.
Tom: calma. Eu estou aqui. Ninguém te vai fazer mal. – tentava acalmar-me.- Vá deita-te. Empurrou-me para trás.
Eu: Tom, por favor, fica aqui comigo. Não me deixes sozinha. – pedi-lhe a chorar.
Tom: claro. Eu fico aqui. Agora dorme. - Fechou-me os olhos com os seus dedos.
Adormeci. Ele observava-me.
Tom: és tão linda. Como podes já ter passado por tanto com apenas 18 anos? – dizia baixinho enquanto ma acariciava o braço. – tu não mereces…..

Senti um beijo na testa e acordei.
Olhei para o lado e lá estava o Tom, a olhar para mim.
Tom: Bom dia – disse baixinho.
Eu: bom dia.
Tom: então dormiste melhor?
Eu: Sim. Obrigada. – sorriu e acarinhou-me.
Tom: Não saias daqui. Já volto.
Eu: ok.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

12º capitulo

Ela irritou-se por ser ignorada. Agarrou-me pelo cabelo.
Jean: Ouviste bem o que te disse? – puxava-me com força.
Chega – gritei. Dei-lhe um murro que a deixou a sangrar do nariz, deitada no chão. Estava toda a gente a olhar para mim. Sai do bar, o Tom veio atrás de mim.
Tom: Não te quero como inimiga - disse-me em tom de gozo.
Eu: não brinques Tom. Isto é muito sério.
Tom: desculpa. – pôs a sua mão por cima do meu ombro.
Ela passou por nós,
Jean: não penses que isto fica assim – ia com a mão no nariz.
O Tom levantou-se e imitou-a : “Não penses que isto fica assim” .
Ri-me.
Tom: és a maior!! – disse abraçando-me.
Em vez de me acalmar, parecia que ainda me “atiçava” mais. Mas eu sorria. No fundo ainda não me tinha desabituado daquelas lutas com a Jean. Tinham passado apenas 3 anos.
O tempo passou. Os meus pais pediam-me para eu a ignorar. Eu quando conseguia fazia-o mas isso ainda a irritava mais, o que a fazia partir para cima de mim mais depressa. Ela gostava de me provocar. E a minha raiva cada vez era maior. Às vezes ela dizia coisas do Ruben, para me deitar abaixo. Atirava-me a ela como nunca. Ela deixava-me completamente descontrolada. Muitas vezes estávamos as duas sozinhas e eu abandonava-a caída no local. Não vou dizer que sou uma rapariga violenta, porque de facto não o era. Contudo, desde a morte do meu irmão, tornei-me mais esquiva e descobri em mim uma força que desconhecia por completo.
Um dia deixei-a caída na praia e entrei no bar. O Rafael,o Tom e a Sara ficaram a olhar para mim. Eu tinha a cara arranhada, a roupa rasgada..
Rafael: Su, que aconteceu?
Eu: Deixa-me em paz – eu estava completamente descontrolada.
O Tom veio abraçar-me, mas eu empurrei-o. Ele forçou o abraço, agarrou-me contra ele com força. Ele já me conhecia bem, sabia que eu precisava daquele abraço. Agarrei-me a ele com todas as forças e chorei. Quando finalmente me consegui acalmar a Jean entra no bar. Tinha sangue na cara, nos braços e estava toda rasgada.
Tom: Tu..Tu fizeste aquilo? – perguntou-me.
Jean: Tu és uma p*ta – dizia dirigindo-se a mim. O Rafael pôs-se entre mim e ela.
Rafael: sai daqui imediatamente.
Jean: isto é um bar público. Tenho todo o direito de estar aqui.
E tu..- apontava para mim. – vou dar cabo de ti.
O Tom agarrava-me, para eu não me jogar para cima dela.
Jean: Tu és mesmo uma merda, não admira que a tua mãe te tenha abandonado.
O QUE? Parou tudo.
Ela falou na minha mãe? Na minha mãe biológica? Fiquei completamente possuída. O Tom olhava para mim. Não estava a perceber nada. Eu nunca lhe tinha contado essa parte da minha vida.
A minha mãe biológica abandonou-me a mim, ao meu pai e aos meus irmãos. Deixou uma carta a dizer que não era feliz, e que ia atrás da sua felicidade, pois tinha encontrado o amor da sua vida. O meu pai ficou sozinho com 2 rapazes e 1 recém-nascida nos braços. Já que a minha mãe fez questão de nem esperar que eu fosse para casa. Abandonou-me ali mesmo no hospital, no dia em que eu nasci.
Este era para mim um assunto proibido.

Soltei-me dos braços do Tom e atirei-me a ela com todas as minhas forças.
Encostei-a contra a parede, pus a minha mão no seu pescoço e apertei.
O meu irmão veio logo puxar-me para trás, mas eu não a largava. Se queria mata-la? Sim, queria. Ela não tinha o direito de fazer o que estava a fazer. E muito menos falar da minha mãe biológica. E não queria saber se era presa ou não. Pelo menos ela já não estava cá para chatear a minha família.

Eu: Puta? Eu? Eu estou a ver aqui uma puta sim, mas não sou eu. Ès tu. Sim, porque não sou eu que vendo o corpo, nem o dou em troca de favores.
Jean: querias tu ter o meu corpo – disse rindo-se ao mesmo tempo que já sentia alguma dificuldade em respirar.
Eu: o teu corpo? Eu pelo menos tudo o que tenho é meu, é verdadeiro. Agora tu já não podes dizer o mesmo. O que é que tens mesmo teu? O cabelo? As orelhas? Ou nem isso? tu és artificial. – gritava-lhe. Estava furiosa.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

11º capitulo

No dia seguinte, quando desci para tomar o pequeno-almoço, já o Bill e o Tom estavam sentados á mesa.
Olhei para o Bill e o que senti deixou-me confusa.

Eu: Bill, podemos falar? - disse levantando-me da mesa.
Bill: sim..
Fomos para o jardim enquanto o Tom ainda ficou a comer.
Eu: Bill, eu não sei como te dizer isto, mas..
Bill: Ele sorriu-me – Diz..
Eu: não é fácil..
Bill: Eu já imagino o que me queres dizer…
Eu: Imaginas? Como assim? – olhava para ele curiosa
Bill: Foi apenas uma atracção. Certo?
Eu: Bill, eu..desculpa.- baixei o olhar.
Bill: Shh, não digas nada. – Abraçou-me.
És linda, sabias? – disse-me ao ouvido.
Eu já não estava a perceber nada.
Eu: eu..
Bill: aconteceu..quisemos os dois. - interrompeu-me - E se queres saber, foi muito bom. Fez-me uma festinha na cara.
Sorri-lhe e depois abracei-o.
Eu: Adoro-te Bill.
Bill: também te adoro. Só quero que sejas feliz. Tu mereces isso. E..sabes que vou estar sempre aqui..roçou o seu nariz no meu.
Sorrimos.
Tom: Hey, então o que se passa aqui?
Bill: estivemos a resolver um assunto. – olhou para mim e sorriu.
O Tom já sabia de tudo. O Bill tinha-lhe contado o que acontecera entre nós. E que não tinha passado de uma atracção física.
Eu: sim, já está tudo resolvido.
Tom: humm, ainda bem. E então vamos para a praia?
Eu: vamos.

Dias depois, o Bill teve de ir á Alemanha, pois ia ter uma sessão fotográfica para uma revista.Eu fiquei com o Tom. Quando ele estava sozinho, vinha ter comigo e ficávamos os dois de vigia na torre. Conversávamos muito.
Certo dia, veio uma nova nadadora salvadora para o departamento. Chamava-se Jean e eu já a conhecia. Outrora ela tinha trabalhado ali connosco. Quando voltamos para Portugal, ela já lá não estava. Agora tinha voltado. Não gostávamos dela. Muito menos a Hanne. Jean levava a vida a fazer-se ao meu pai. Era completamente obcecada. Dizia que ele ainda ia ser dela, e fazia de tudo para prejudicar a Hanne e pôr o meu pai contra ela. Eu e os meus irmãos também não gostávamos dela. Ela queria destruir a nossa família, e por isso passou também a fazer-nos a vida negra.Agora ela estava de volta, com as mesmas ideias.
Passou pela minha torre e mandou umas bocas. O Tom perguntou-me logo quem era ela e eu contei-lhe tudo.
Sempre que a via, ela provocava-me e eu que fervia em pouca água atirava-me logo a ela. Era mais forte que eu. Já antes tinha andado á porrada com ela. Ela era tão estúpida que nem dar um estalo decentemente sabia. E eu acabava sempre por cima dela.
Entrei no bar. O Tom estava a beber qualquer coisa sentado ao balcão. A Jean estava numa mesa. Sentei-me ao lado do Tom. Ela levantou-se e aproximou-se de nós.
Jean: desta vez não vais conseguir. Eu vou conseguir o que quero e não é uma pirralha como tu que me vai impedir.
Ignorei-a para muita surpresa minha.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

10º capitulo

Olhei para quem me tinha empurrado. Ele pediu desculpa.
Olhei para o Bill. Sorrimos um para o outro.
Bill: Vem – deu-me a mão e puxou-me. Fomos até á praia.
Sentamo-nos na areia. Entretanto deixei-me cair e fiquei deitada de barriga para cima. Ele também se deitou, mas de lado para mim.
Estávamos a conversar..coisas da vida..nenhum assunto em particular.
Eu: já viste o céu? – ele olhou.
Bill: está lindo
Eu: Adoro vir para a praia é noite e ficar assim quieta a olhar as estrelas e ouvir o mar.
Bill: parece ser relaxante
Eu: é muito..pelo menos para mim. – olhei para ele e vi que ele estava a olhar para mim.
Eu: Tenho alguma coisa na cara?
Bill: Não, nada.. – ele não desviou o olhar. Continuava a olhar-me com aqueles olhos..
Ai Bill, pára com isso..senão ainda me descontrolo aqui. – pensava eu, sem tirar os meus olhos dos dele.
Ele começou a acariciar-me a cara.Passei a minha mão pela sua face, depois coloquei-a na nuca e a seguir subi a mão pelo seu cabelo fazendo com que este se entrelaçasse entre os meus dedos. Sem nunca desviar o olhar, ele inclinou-se um pouco mais sobre mim e aproximou-se. Aproximava-se bem devagar. Começava a sentir o corpo dele em cima do meu. Os seus lábios estavam cada vez mais perto dos meus. Voltei a sentir a sua respiração na minha cara. Fechei os olhos e ele avançou. Os nossos lábios tocaram-se. Beijou-me o lábio inferior, depois o superior. Roçou o nariz no meu. E depois, beijamo-nos. Um beijo quente, longo, intenso e deveras molhado. Quando senti o piercing, fui ao céu. Ele beijava mesmo bem.
Ele parou e olhou-me. Ainda tinha a minha mão no seu cabelo. Puxei-o para mim. Ele voltou a beijar-me. Ficamos ali, sem dizer nada. Apenas nos olhávamos e beijávamos.
Por entre beijos, cada vez mais intensos, empurrei-o para trás e ele sentou-se na areia. Sentei-me no seu colo, de frente para ele.Conforme me sentava ele passou as mãos pelas minhas pernas e subiu-me a saia.Devido á pouca e fina roupa que tínhamos, mal eu me sentei no colo dele, as nossas partes íntimas tocaram-se. Gemeu baixinho mal nos tocamos, e inclinou um pouco a cabeça para trás. Tinha os olhos fechados. Depois olhou-me de uma maneira..jajus..puxou-me para ele e voltamos aos beijos. Ele passava as suas mãos dentro da minha roupa. Percorria-me as costas, enquanto me beijava o ombro e o pescoço. Suavemente passei as minhas mãos dentro da sua t-shirt e tirei-a. Ele seguiu-me o exemplo e tirou-me a roupa, enquanto me acariciava.
Bill..- segredava-lhe ao ouvido com a respiração ofegante.
Aquelas mãos, aqueles lábios, aquela língua, aquele piercing..omg
Despiu os calções e os boxers, sentou-se em cima deles e aconteceu mesmo ali.

No dia seguinte, quando desci para tomar o pequeno-almoço, já o Bill e o Tom estavam sentados á mesa.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

9º capitulo

Eu: olá rapazes
Tom/ Bill: oi
Tom: O que acham de virmos cá esta noite?
(o agora, meu bar e do meu irmão, era uma coisa muito versátil. De dia funcionava como bar de praia, onde vendíamos bebidas, gelados, e pequenos menus para almoço e jantar. Á noite depois da hora do jantar abríamos as porta-janelas que davam para a explanada e o sitio ficava mais amplo. Acendíamos umas luzes, mudávamos algumas coisas de sitio e o ambiente fica logo completamente diferente. Um Disco/Bar perfeito.)

Eu: Boa ideia.
A partir desse dia, passamos a ir ali todas as noites. Eu não precisava de ir todas as noites como dona, porque o meu irmão não saia de lá, e por isso estava sempre lá um responsável, caso fosse necessário. Mas eu adorava aquele sítio. Ainda por cima agora que estava dinamizado com ideias minhas e do meu irmão…
Modéstia á parte era o melhor disco/bar das redondezas e isso via-se pelo facto de estarmos sempre cheios.

A minha vida resumia-se a acordar de manha cedo, dar uma corrida na praia e voltar a nado. Depois ia a casa, tomava o pequeno-almoço e ia para a praia. Á tarde, á hora de saída ia para o departamento, tomava banho, arranjava-me e ia para o bar até á hora do jantar, que é quando ia para casa. As vezes acabava por jantar no bar e ficava lá á noite, onde também ajudava atrás do balcão quando o movimento era muito.
O Bill e o Tom estavam sempre na praia e no bar. Boas vidas, é o que era.
Nos meus dias de folga, ia para a praia com eles. E às vezes á noite, íamos para a piscina lá de casa.Ás vezes também tinha de tratar de assuntos por causa do bar, e reuniões no departamento. Mas para isso tínhamos sempre a ajuda do meu pai e do nosso advogado, pois nós ainda não éramos muito experientes. O Tom gozava comigo, dizia que eu era uma mulher de negócios.
Eu tinha definitivamente voltado a ser o que era. Às vezes ainda tinha uma crisezita ou outra, mas tinha o apoio deles, que não me deixavam ir abaixo. A minha amizade com os gémeos crescia a olhos vistos.
Passou-se um mês,
Depois do jantar fomo-nos despachar para ir para o bar.Como sempre, ia mais ou menos produzida, nada exagerado, claro. Eu era uma rapariga simples.Naquela noite vesti uma mini-saia preta, um top vermelho, salto alto preto. Maquilhagem, e o cabelo ondulado, solto.
Fui ter ao quarto deles,
Eu: então vamos?
Tom: Humm..isso é tudo para mim? – disse dirigindo-se a mim.
Eu: ah ah..tens muita piada tu. – o Bill sorriu.
Tom: Tu adoras-me – mostrou-me a língua e eu fiz-lhe o mesmo.
Quando chegamos ao bar, fomos ao balcão buscar bebidas e dirigimo-nos a uma parte do bar onde ainda havia espaço para mais 3. Começamos a dançar e passado pouco tempo o Tom já estava aos beijos com uma rapariga…o normal..era assim quase todas as noites..Eu e o Bill sentamo-nos por ali nuns bancos para descansar um pouco. Depois de algumas bebidas e shots, eu e o Bill já estávamos alegres, mas totalmente conscientes de tudo. Começou uma musica mais calma,
Eu: Danças comigo? – Perguntei-lhe depois de algum tempo de hesitação.
Bill: Pode ser, mas eu não tenho muito jeito para isto.
Eu: não faz mal – sorri-lhe.
Dirigimo-nos para a pista, estava a dar uma música calma. Cruzei os meus braços no seu pescoço e ele colocou as mãos na minha cintura. Encostei o meu corpo ao dele. Conseguia sentir o seu coração bater. Se calhar ele também sentia o meu…Nunca disse, mas eu achava-o tão lindo, tão fofo, tão..sei lá..ele era tão querido. Definitivamente ele atraia-me e muito.
Agora estava ali, coladinha a ele. Ele passou as mãos pelas minhas costas..aii gott..de repente, sinto alguém me tocar no ombro. Olhei, era o Tom. Estava no gozo. A chamar-me por chamar..não queria nada. Apenas meter-se connosco. Olhei para o Bill e fiz k não com a cabeça enquanto sorria. Ele repetiu o movimento. Olhamos para o Tom que se ria.
Continuamos a dançar, ali coladinhos. As nossas caras estavam agora juntas, uma á outra. Momentos depois olhamo-nos, olhos nos olhos. As nossas bocas estavam próximo. Cada vez mais próximas, os nossos olhares andavam entre os olhos e os lábios do outro. Conseguia sentir a sua respiração na minha cara. Cada vez mais perto..sentia o bater do seu coração cada vez mais forte. Estávamos quentes. A milímetros de distância. Os nossos narizes tocaram-se suavemente. Fechei os olhos. Ele fez o mesmo. De repente, alguém me dá um encontrão e as nossas cabeças desviaram-se uma da outra.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

8º capitulo

Ao jantar, contei a todos a decisão que tinha tomado nessa tarde.
Eu: Pai, mãe, estive a pensar e acho que está na hora de voltar a trabalhar.
Miguel: Fico muito feliz com isso Su.
Hanne: Bem, então e se contasses já aquilo? – disse para o meu pai.
Miguel: Sim, parece ser a altura ideal.
Suzanne, Rafael, eu tenho uma proposta para vos fazer.
Rafael: Que proposta? – disse olhando para mim.
Miguel: Bem, como vocês sabem eu tenho muito trabalho lá no departamento. Ser director não é tarefa fácil. E o tempo que me resta para cuidar do bar é muito pouco. E acho que o bar para render precisa de alguém empenhado nisso. A Hanne ajuda-me no que pode mas o tempo também não estica. Por isso quero propor-vos sociedade.
Eu: sociedade? Como assim?
Miguel: Eu continuo a financiar o projecto, mas mudávamos o bar para o vosso nome. E a partir dai são vocês que o vão gerir á vossa maneira. Apesar do vosso horário no departamento, sempre têm mais tempo do que eu para o bar.
Eu e o Rafael olhamos um para o outro. Ele acenou com a cabeça.
Miguel: Então aceitam?
Eu: Claro que aceitamos – eu e o Rafael levantamo-nos e abraçamo-nos ao nosso pai.

No dia seguinte comecei a trabalhar.Há muito que não vestia aquele fato de banho, do qual tinha tanto orgulho.
Na semana seguinte o bar já estava em meu nome, e no do Rafael. Estávamos tão felizes..
Os gémeos todos os dias, depois do almoço apareciam na praia e ficavam até ao final da tarde. Por causa daquilo que acontecera, eles decidiram fazer uma pausa prolongada nos Tokio Hotel, tanto para descansarem, como para arranjar novo material, mas essencialmente porque não eram capazes de voltar a uma tour. Aquilo ainda estava muito fresco nas suas memórias. Decidiram que iam esperar um tempo e para minha alegria, consegui convence-los a ficar lá em casa. Não valia a pena irem para um hotel.
Felizmente parecia que ali não havia muitas fans. Pois eles raramente eram incomodados.
O Gustav e o Georg vieram cá passar uma semana. Gostei muito de os conhecer.
A Simone também veio. Ainda não tinha estado com o Tom desde que aquilo aconteceu, mas ficou poucos dias. Tinha de voltar por causa do emprego.
Simone: Adeus meus queridos. – disse abraçando os dois filhos.
Depois dirigiu-se a mim,
Simone: Minha querida, gostei muito de te conhecer. Obrigada por teres ajudado o meu filho.
Eu: Simone, não precisa de agradecer por nada. Isso já passou. Agora está tudo bem. É o que interessa. E o Tom também já me ajudou muito.
Simone: Sim já passou, felizmente. – sorriu-me. – quero que saibas que podes contar comigo para tudo o que precisares. E já sabes, quando fores á Alemanha tens lá casa.
Eu: obrigada – ela abraçou-me.
Simone: Adeus
Eu/Tom/Bill: Adeus

Os rapazes foram para o bar e eu ainda ia fechar a torre onde tinha estado de vigia nesse dia.
Quando acabei fui ao departamento, tomar banho, mudar de roupa e fui para o bar.
Quando entrei, olhei em volta, e o meu olhar cruzou-se com o dele.
Ficamos fixados um no outro por segundos,
Su…Su…Suuuuu…Suzanneeee…- Alguém já gritava pelo meu nome
Eu: Ah? Ahm! Diz diz..- disse desviando o olhar..
Sara: Tenho aqui a lista de coisas que precisamos mandar vir, já estão a acabar. – disse estendendo-me um papel. - A sara era uma das empregadas do bar.
Eu: Ok. Obrigada.
Subi a escada e fui para o 1º andar do bar, onde havia o escritório.Tratei do que tinha a tratar e fui ter com o Tom e com o Bill.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

7º capitulo

Hoje dou-vos dois capitulos. :p


No dia em que tive alta o Tom chegou com um ramo de flores, mais precisamente rosas brancas.Eu: Obrigada. Sabias que estas são as minhas flores favoritas?
Tom: Sabia – disse a sorrir.Eu: sabias? Como?Tom: pois isso agora…não, foi o teu irmão que me contou. – Mostrou-me a língua.
Eu sorri-lhe.
Tom: tens aqui a tua roupa.Eu: Obrigada. Fui á casa de banho trocar-me e voltei a entrar no quarto.Tom: Vamos?Eu: sim. Peguei nas flores e ele levou-me para casa.

Quando cheguei a casa fui ao quarto deixar as minhas coisas e por as flores numa jarra.
Deitei-me na cama.Tom: O Bill não está em casa…Que achas de vermos um filme? – dizia ainda no corredor a entrar no quarto. Assim que me viu..- Deitada? Mas tu passaste tanto tempo deitada. Não me digas que estás cansada?? – disse no gozo.
Eu: sim, não sei porque mas sinto-me cansada. Deve ser dos medicamentos..não sei.
Tom: pois, só pode ser disso. – deitou-se a meu lado, mas com uma certa distancia entre nós.
Eu: Obrigada por teres ficado todo este tempo a meu lado lá no hospital. Gostei muito da tua companhia. – sorri-lhe.
Tom: eu também gosto da tua companhia. – fez uma cara super fofa. :)
Ficamos por momentos a olhar-nos em silêncio. Aproximei a minha mão da sua face. Quando estava mesmo quase a tocar-lhe puxei-a para trás. Não consigo, pensei. Calma Su, tu consegues. Tu és forte. Tens de ultrapassar isto.
Ele observava-me. Sorriu-me.
Aquele sorriso, naquele mesmo instante, deu-me força. Aproximei novamente a minha mão da sua face, muito devagar, até que por fim os meus dedos tocaram a sua pele clara e macia. Segundos depois tinha a palma da minha mão pousada na sua face. Acariciei-o. Sorrimos.
Ele abriu os braços para me abraçar. Aproximei-me e aninhei-me nos seus braços. Sentia-me tão bem, tão protegida, ali nos seus braços. Ele beijou-me a cabeça.
Consegui – pensei.
Tom: Obrigada. – disse baixinho perto do meu ouvido.
Levantei a cabeça do seu peito e olhei-o.
Eu: porque?
Tom: por me deixares aproximar..
Sorri. Dei-lhe um beijo na face e aninhei-me outra vez nos seus braços.

A partir deste momento a minha vida mudou completamente. Estava a melhorar de dia para dia. Tinha prometido a mim mesma, naquela cama de hospital que iria mudar. Que tinha de ultrapassar isto. E assim o fiz. Ou pelo menos, estava a lutar por isso.
Quando o Rafael chegou a casa, viu-me no sofá abraçada ao Tom.
Aproximou-se de mim, um pouco a medo. Parou mesmo á minha frente sem saber o que fazer. Sorri-lhe e abracei-me a ele. Apertei-o com força. Há muito que o queria abraçar, mas não tinha coragem.
Rafael: eu não acredito. – disse dando-me um beijo na testa.
Eu: Acredita. – sorri para ele e depois olhei para o Tom. Ele sorria.
O meu irmão deu-me mais um abraço.
Rafael: Tom, Obrigada. Obrigada por trazeres a minha irmã de volta.
Tom: Eu não fiz nada. O mérito é todo dela. – disse com as mãos no ar.

O meu humor começou a melhorar apesar de ainda ter constantes mudanças, e comecei a alimentar-me bem melhor. Ou não fosse ter o Tom a controlar-me a todas as refeições. Por vezes fazia chantagem comigo para eu comer. Pensei na minha vida e decidi que iria voltar ao trabalho. Precisava daquilo.

Os meus pais, não tinham palavras para agradecer ao Tom, cada sorriso meu. Eu estava a voltar a ser o que era antes, tudo graças a ele. Ele era tão divertido. Fazia-me rir. E quando ele e o Bill começavam a discutir..era a risada geral.
Por falar no Bill, cada vez estava mais próxima também dele. Ele é sem dúvida a pessoa mais querida e engraçada que eu já conheci.
Tínhamos longas conversas. Eu falava-lhe de mim, ele falava-me dele. Tornamo-nos bons amigos.

Uma tarde, Tom desafiou-me a dar um mergulho na piscina.
Ao fim da tarde o Bill apareceu junto de nós. Tom: vem fazer-nos companhia.Ele assim fez.
Passado poucos minutos estávamos todos dentro da piscina a jogar água uns para cima dos outros. Acho que nunca me tinha divertido tanto.

Hanne: Miguel, vem ver isto. – entretanto os meus pais tinham chegado a casa.Ficaram os dois a observar-nos através da vidraça da sala.
Miguel: Finalmente..- suspirou - vê só como ela está feliz. – tinha o braço por cima de Hanne e apertava-a para demonstrar a sua satisfação.
Hanne: Parece que aqueles rapazes, trouxeram a nossa Su de volta.
Miguel: Parece que sim.

6º capitulo

Deixei de ter pé. O ar começou a faltar. Já estava a ter alucinações quando sou puxada para cima.
Estava inconsciente.
Ele pousou-me na areia e debruçou-se sobre mim.
Tom: Não me faças isto…- tentava sentir o meu pulso. Estava fraco, muito fraco.
Chamou uma ambulância. Já no hospital,
Dr: Boa noite, os familiares de Suzanne Mendes?Os meus pais levantaram-se seguidos de Rafael e Tom.Tom: Como é que ela está?Dr: lamento informar, mas a menina Suzanne entrou em coma. Não sabemos quando irá acordar. Poderá ser daqui a minutos, horas, como daqui a meses. Lamento.A Hanne agarrou-se ao meu pai a chorar. O Tom deu um murro na parede.Rafael: Calma. Ela é forte. Ela vai superar tudo isto. – disse tentando acalmar os pais ao mesmo tempo que agarrava Tom para o controlar.
Dr: é melhor irem para casa descansar. Aqui não fazem nada. Tentem acalmar-se.
Tom: Eu não saio daqui.Hanne e Miguel: nem nós.
Depois de muito tempo de conversa o Rafael lá os convenceu que o melhor eram irem todos para casa descansar e viriam bem cedo para o hospital na manha seguinte.
Assim o fizeram. Passaram todo o dia no hospital, perguntando por novidades a cada minuto que passava. Passaram-se duas semanas.Tom: Por favor, posso vê-la? Dr: Não acho que seja muito aconselhável. O estado dela é crítico.
Tom: Por favor, nem que seja de longe. – Insistiu.
Dr: Ok, mas terá de vestir uma bata e utilizar uma máscara.Tom: ok. – Seguiu o doutor.
Entrou no quarto. Eu estava deitada na cama, vestida com uma bata azul. Tinha uma máscara de oxigénio na cara e agulhas espetadas no braço. Ele recuou um pouco, tinha pavor a hospitais. Mas ele queria estar ali. ..Aproximou-se. Passou a sua mão pela minha face, puxou uma cadeira e sentou-se a meu lado. Pegou-me na mão e ficou a olhar para mim. Passado uns minutos, mexi a mão e ele sentiu.Levantou-se de repente e chamou a enfermeira. Tom: ela está a acordar, venha rápido. Ela mexeu-se.. – estava muito agitado.A enfermeira observou-me.Enfermeira: Lamento, mas está tudo na mesma.Tom: na mesma? Mas como é possível? Ela mexeu-se. Eu senti.
Enfermeira: Eu acredito que sim. Mas isso é normal acontecer. O corpo às vezes, tem certos reflexos por si só. O que não indica que a pessoa irá acordar.Tom: Percebi – baixou a cabeça desiludido. A enfermeira retirou-se.
Tom: Porquê Su? Porquê? Volta, por favor. Preciso tanto de ti.
Uma das suas lágrimas quentes caiu-me na face, morrendo depois no meu pescoço.
Abri os olhos lentamente. No inicio via tudo desfocado. Depois a visão focou e pude ver o Tom debruçado a meu lado na cama, agarrado á minha mão. Tinha a cabeça deitada na minha mão e não percebera que eu acordara.Eu: Tom.. – chamei numa voz fraca.
Tom: Su..Su..- agora podia ver um sorriso no seu rosto, enquanto chamava o meu nome bem baixinho. Agarrou-me a mão com força e beijou-a.Soltei a minha mão da dele.
Tom: Vou chamar o médico. Já volto. - E saiu.
Pouco depois voltou a entrar com o médico á sua frente.
No dia seguinte fui para um quarto onde já podia receber visitas.
Fiquei ainda uma semana no hospital, pois estava com dificuldades respiratórias e tinha de ficar em constante observação. O Tom esteve sempre a meu lado, enquanto os meus pais e irmão voltaram ao trabalho. No entanto iam ver-me todos os dias. Até o Bill lá apareceu uma ou duas vezes.
Bill: desculpa não ter vindo antes, mas para além de odiar hospitais pensei que não fosse boa ideia vir pois não nos conhecemos bem e parece um bocado mal.
Eu: Não faz mal. – sorri-lhe.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

5º capitulo

Eu: bem, vamos jantar?
Aproveitei o jantar para conhecer melhor o Bill. O Tom contava-me com cada coisa.
Às tantas já não sabia o que era verdade e o que era mentira.Aquele Tom..
O Bill era envergonhado, mas conforme o tempo ia passando ele ia ficando mais á vontade e no final do jantar já parecia outro.
Eu: Bill, se quiseres descansar um pouco, não sei , acho que precisas de dormir não?
Bill: Sim. Eu vou descansar. – disse levantando-se da mesa. - Até amanha.
Eu: Até amanha.
Tom: Eu já subo.
Passado pouco tempo subimos. Eu fui para o meu quarto e o Tom para o dele.

No dia seguinte, quando acordei apeteceu-me dar um passeio.Tomei banho, vesti-me, fui á cozinha buscar qualquer coisa para comer pelo caminho e fui dar um passeio pela praia. Era cedo. Havia poucos banhistas. As torres de vigia ainda estavam fechadas. Os nadadores salvadores começavam agora a chegar.Ia a passo lento, com água pelos tornozelos. De vez em quando deslizava os meus pés por dentro de água. Dirigi-me a um pontão e sentei-me bem lá na ponta, a observar o mar. Como eu adorava o mar..transmitia-me tanta calma, tanta paz. Muita gente tem medo do mar, mas eu não. Eu conhecia-o e sabia que tinha de o respeitar. E assim ele também me respeitava a mim. De vez em quando uma onda maior salpicava-me a cara. Mas eu não me importava.
Voltei para casa, subi ao meu quarto, e quando voltei para baixo, encontrei o Tom. Descemos juntos. Já quase no fim da escada, coloquei mal o pé e ia caindo. Só não cai, porque ele me agarrou. Assim que me equilibrei afastei-o de mim bruscamente.
Eu: Larga-me – gritei.
Tom: Desculpa. Só estava a ajudar..Sentei-me num sofá da sala e o Tom sentou-se num outro. Estávamos a ver TV e não tínhamos trocado uma única palavra desde aquela situação. Eu sabia que tinha sido demasiado bruta com ele. Ele não merecia. Não me tinha feito mal nenhum…muito pelo contrário. Uma lágrima caiu-me pela face.
Eu: desculpa – disse olhando para ele.
Tom: Não faz mal.
Eu: A serio..eu sei que fui bruta contigo..tu não tens culpa. – baixei o olhar.
Tom: Su? Olha para mim. – olhei - não faz mal. Está tudo bem. Eu compreendo. – sorriu.
Eu: obrigada.
Tom: não tens de agradecer.

Fui para o meu quarto e chorei. Chorei com raiva de mim própria. Chorei por ser assim, por isto ser mais forte que eu, por eu me deixar dominar daquela maneira. Por não deixar que ninguém se aproximasse. A Hanne entrou no quarto. Estivemos a conversar. Ela tocou naquele assunto…o psicólogo.Esse era um assunto que eu nem queria ouvir falar. Sempre recusei ajuda. Ela insistiu…Eu: Sai daqui..deixem-me em paz – gritei. Estava totalmente descontrolada.
Ela saiu do meu quarto. Tranquei a porta e deitei-me. Chorava apenas. Pouco depois bateram á porta. Não respondi. Do outro lado ouvia o Tom dizer para lhe abrir a porta. Ignorei-o completamente. Só queria estar sozinha. Ele acabou por desistir.

Á noite, sai do quarto em direcção á praia. Depois de ter andado um bocado sentei-me na areia a olhar o mar. Estava lua cheia. A praia estava toda iluminada, e o reflexo da lua no mar era lindo. O meu estômago fez um barulho a reclamar comida. Não tinha comido nada para além do pequeno-almoço. Ignorei-o. Levantei-me e caminhei para o mar. Já tinha água pelos joelhos. As ondas batiam-me nas pernas salpicando o resto do meu corpo magro. Continuei a caminhar mar adentro. Tinha de acabar com todo aquele sofrimento, tanto meu como aquele que estava a causar às pessoas que tanto amava.