Chamo-me Diana, nasci em Portugal mas ainda em pequena fui viver para a Alemanha com os meus pais (Matilde e João). Eles eram os dois médicos, e as oportunidades de trabalho na Alemanha eram muito melhores que em Portugal. A minha mãe tinha uma grande amiga, chamada Simone, também ela portuguesa e médica, que tinha emigrado para a Alemanha anos antes para tentar a sua sorte. Mais tarde, visto as dificuldades que se começavam a fazer sentir por cá, a Simone aconselhou a que fossemos para lá e prontificou-se para nos ajudar na mudança. Ela já lá tinha a sua vida, haveria casado com um alemão de quem teve dois filhos gémeos. Tom e Bill.Os meus pais seguiram o seu conselho e fomos viver para uma vila muito bonita. (Mantivemos a casa em Portugal, era a casa de sonho dos meus pais, e por isso não quiseram desfazer-se dela. Os meus tios, ficou combinado, cuidariam dela para que não se estragasse rapidamente devido á falta de uso. Todos os anos, os meus pais iam a Portugal, ver como estavam as coisas.)Uma das nossas vizinhas, a Simone, (que vivia na casa ao lado da nossa) , viemos a descobrir no primeiro dia de trabalho dos meus pais, iria fazer parte da equipa de trabalho da minha mãe, o que as deixou muito felizes. Não trabalhavam juntas desde os tempos de faculdade em Portugal. O actual marido dela, o Gordon, era músico. E eram muitos os serões que passávamos em casa deles a ouvi-lo tocar. Os gémeos e eu éramos inseparáveis. Para onde um ia, iam os outros dois. Depois conhecemos o Gustav e o Georg, e apesar de sermos de anos escolares diferentes, passávamos os intervalos todos juntos. Os G´s já eram também como se fossem da família.Eu sempre fui uma pessoa muito independente e tinha uma personalidade muito forte. Sabia escolher bem as minhas companhias e defendia os meus amigos acima de qualquer outra coisa. Cheguei a bater num rapaz na escola, por ele falar mal do Bill. Assim como o Tom e o Bill, eu não tinha muitos amigos. Eu não me dava com quem falava mal deles e apenas falava mais com uma rapariga também da nossa turma, a Eva, (também ela emigrante portuguesa) que não tinha nada contra eles e com quem ficava sempre na mesa da sala de aula. O Andreas, que também era da nossa turma, e o resto eram meros conhecidos.
Eu passava muito tempo sozinha devido á profissão dos meus pais. Em troca eles davam-me tudo o que eu queria para compensar a sua ausência. Assim eu e os rapazes passávamos todo o tempo juntos.Eu e os gémeos chegávamos a dormir na casa uns dos outros pois nunca nos queríamos separar. Era como se tivéssemos duas casas, onde podíamos entrar a qualquer hora. Dava graças aos deuses ter uns pais bastante liberais. Eles foram criados com toda a liberdade do mundo e pensavam que só assim podíamos aproveitar bem a vida, com liberdade. Por isso decidiram dar-me a mesma educação que eles próprios tiveram. Não me punham entraves, até porque sabiam que eu era uma menina responsável. Os pais dos gémeos também eram muito liberais, o que facilitava ainda mais as coisas. As férias escolares, essas também as passávamos juntos. Os nossos pais tiravam férias na mesma altura que nós as tínhamos para podermos ir para fora. Resumindo, éramos todos uma família. Fomos crescendo, o tempo foi passando e eu assisti a todos os processos de evolução daquele fenómeno hoje chamado de Tokio Hotel. E o meu orgulho neles..oh esse era imenso.
domingo, 22 de junho de 2008
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